SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2024
Publicada dia: 28/12/2020

5 gatos que se tornaram heróis de guerra

Fonte: megacurioso.com.br

1. Tom – Guerra da Crimeia

A Guerra da Crimeia aconteceu entre 1853 e 1856, na península da Crimeia, no sul da Rússia. A disputa por territórios colocou soldados franceses e britânicos contra os russos. Um dos principais palcos dessa batalha aconteceu durante um cerco à cidade russa de Sebastópolis. A tensão durou 1 ano, até que a cidade sucumbiu e os exércitos europeus tomaram conta.

O problema é que todo mundo estava morrendo de fome a essa altura da guerra. A ordem era encontrar comida, e quem deu as dicas foi um gatinho nomeado de Tom. O felino foi descoberto pelo exército britânico sobre uma pilha de entulhos e completamente sujo. Só que ele estava bem gordinho, ou seja, comida não estava faltando para ele.

O tenente William Gair colocou uma tropa para seguir Tom, esperando que ele os levasse a um banquete de ratos. Porém, os militares encontraram comida de boa qualidade, que foi suficiente para matar a fome do exército inteiro. Tom foi levado à Inglaterra, onde se tornou um herói. Tanto que seu corpo foi empalhado, mas seu corpo sumiu. Ele só foi reencontrado em um mercado de pulgas na década 1950 e hoje está no Museu do Exército Nacional – isso se for o bichano original, é claro.

Suposta imagem empalhada de Tom da CrimeiaSuposta imagem empalhada de Tom da Crimeia

2. Sam Inafundável – Segunda Guerra Mundial

Sobreviver a um naufrágio é para poucos, mas resistir a 3 é algo muito mais raro! Isso aconteceu com um gatinho durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1941, o encouraçado alemão Bismarck foi afundado após uma intensa batalha que durou 3 dias. O contratorpedeiro britânico HMS Cossack recolheu alguns destroços e, no meio deles, um gatinho branco e preto. Ele recebeu o nome de Oscar, que, segundo o código naval, significa “homem ao mar”.

O exército alemão parecia disposto a resgatar Sam. Cinco meses após o primeiro naufrágio, o bichano enfrentava uma nova aventura: naufragou com o contratorpedeiro britânico, abatido por um U-boat alemão. Entretanto, foram os britânicos que recuperaram o gato da água e passaram a chamá-lo de Inafundável Sam. Ele foi levado ao porta-aviões HMS Ark Royal que, coincidentemente, havia ajudado a naufragar o Bismarck.

Em menos de um mês, a terceira provação: o porta-aviões também foi torpedeado, indo parar no fundo do mar. Quem sobreviveu? Sam, é claro! Dizem que, desta vez, apesar de ileso, o gatinho estava furioso!

“Chega de afundar!”

3. Mourka – Segunda Guerra Mundial

Os russos também tiveram um gato para chamar de herói durante a Segunda Guerra Mundial. O caso aconteceu durante a Batalha de Stalingrado, a maior e mais trágica da história do conflito. Cerca de 2 milhões de soldados alemães e soviéticos sucumbiram durante os 8 meses de cerco à cidade.

Com dificuldade de comunicação entre os quartéis, ficava difícil descobrir onde os exércitos inimigos estavam localizados. Assim, o comandante russo notou que havia um gatinho que ia e voltava tranquilamente pelas ruas da cidade. Apelidado de Mourka, ele passou a ser mensageiro entre os quartéis russos, indo de um lado para outro com informações presas em seu pescoço.

Foram várias missões bem-sucedidas, até Mourka desaparecer completamente. Não se sabe se ele fugiu da cidade, se desistiu da vida militar, se foi capturado pelos alemães ou se sucumbiu ao conflito armado.

MourkaMourka

4. Simon – Revolução Comunista Chinesa

Em 1948, o jovem George Hickenbottom, de apenas 17 anos, resgatou um gatinho das ruas de Hong Kong e o levou a bordo do HMS Amethyst durante a Revolução Comunista Chinesa. O bichano branco e preto recebeu o nome de Simon e acompanhou o navio durante a subida do rio Yangtzé. A missão era proteger a Embaixada Britânica, mas o Exército da Libertação do Povo impediu que a embarcação continuasse a viagem.

Para piorar, o navio encalhou no meio do fogo cruzado. Sem ter como ser resgatada, a tripulação estava fadada a morrer de fome. Felizmente, Simon caçou os ratos do navio, impedindo que a escassa comida acabasse mais rapidamente. Ele até conseguiu capturar um ratão apelidado de Mao Zedong, gerando uma onda de comemoração no navio. Isso fez ele receber uma fita de campanha e o título honorário de “gato marinheiro capaz”. 

Foram 101 dias encalhado até que o HMS Amethyst conseguisse escapar da artilharia inimiga. O navio chegou a Plymouth, na Inglaterra, onde Simon teve uma recepção de herói. Até hoje, é o único gato a receber a medalha Dickin por bravura animal. Quando morreu, foi enterrado com todas as honrarias militares que tinha direito.

SimonSimon

5. Hammer – Guerra do Iraque

Hammer, ou “Martelo”, era um gatinho da raça mau egípcio que nasceu na base aérea de Balad, a cerca de 80 km ao norte de Bagdá. Ele ajudava os soldados a enfrentarem o estresse da guerra e perseguia os ratos que apareciam no refeitório. Em março de 2014, a tropa do sargento Rick Bousfield foi chamada para deixar o local, por isso se iniciou uma força-tarefa para levar Hammer junto com o pelotão. 

Hammer passou por poucas e boas ao lado dos soldados. Se assustava a cada ataque de morteiro e, constantemente, era escondido dentro de uma armadura pelos próprios soldados, para prevenir de se machucar em um potencial ataque. Com o tempo, o bichano recebeu o título de Soldado de Primeira Classe e se tornou membro honorário da equipe. Deixá-lo para trás estava fora de cogitação.

O sargento conseguiu mobilizar as ONGs Alley Cats Allies e Military Mascots para conseguir levar o gatinho para sua casa. Foram arrecadados US$ 2,5 mil para pagar a castração e a documentação para Hammer deixar o país rumo aos Estados Unidos. No fim, sua nova residência foi junto com o sargento Bousfield na cidade de Colorado Springs. Ele ganhou 5 irmãos felinos, 1 irmão canino e até 1 irmão hamster.  

HammerHammer